João Pedro Goulart
joao.goulart@diariopopular.com.br
(Estagiário sob supervisão de Lucas Kurz)
As Unidades Básicas de Saúde (UBSs) ligadas à Universidade Católica de Pelotas (UCPel) participaram na quarta-feira (4) de um mutirão municipal em prol da saúde do idoso com 60 anos ou mais. O plano abrangeu as unidades Py Crespo, Sanga Funda, União de Bairros, Pestano, Fátima, Bom Jesus, Leocádia e Getúlio Vargas. Pacientes receberam e preencheram a Caderneta de Saúde do Idoso, junto aos demais atendimentos.
Os idosos que dirigiram-se até as unidades foram recebidos com o atendimento multidisciplinar de alunos da UCPel, dos cursos de Medicina, Enfermagem, Residência Multiprofissional do Idoso, onde fisioterapeutas, enfermeiros e psicólogos participaram. Foi o caso da UBS Py Crespo, unidade-escola sob responsabilidade da docente do curso de Medicina da UCPel e Médica de Família, Luana Schlabitz. A UBS contou com uma organização de atendimentos baseada na divisão por estações de acompanhamento. Na estação inicial, composta por alunos do primeiro semestre de Medicina da UCPel, houve o preenchimento de dados de identificação e medicações utilizadas pelas pessoas na Caderneta de Saúde do Idoso. Após, na segunda estação, ocorreu a aferição de medidas e pressão arterial por parte dos enfermeiros. No terceiro estágio, os idosos passaram pelo atendimento de fisioterapeutas, ainda percorrendo as seções de coordenação, psicologia e diagnóstico.
A orientação foi para que os idosos comparecessem às UBSs em que já possuíam cadastro. No entanto, idosos de qualquer outra área da cidade foram recebidos e puderam participar das atividades. De acordo com dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a população idosa no Brasil subiu de 11,3%, em 2012, para 15,1%, em 2022, tendo a Região Sul o segundo maior percentual do País (16,5%). A médica Luana Schlabitz entende que o crescimento é um alerta para dar maior atenção a essa porção populacional, a fim de que os idosos possam envelhecer com saúde. "Trabalhamos na prevenção de doenças crônicas com esses pacientes. Mas, quando já tem uma doença instituída, que a maioria dos idosos já têm - comorbidades como pressão alta, hipertensão, diabetes -, tentamos minimizar os prejuízos. Então, é importante fazer essa ação, para que a gente possa auxiliar os idosos a melhorarem cada vez mais ", disse.
Agora, após o mutirão, o propósito é elaborar um plano de cuidado aos idosos, iniciando pelos considerados frágeis. Além disso, focar no acompanhamento e avaliação sistemática dos idosos cadastrados em cada unidade.
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